A migração para o mercado livre de energia tem se tornado uma realidade cada vez mais presente no para as empresas no país, com um número significativo de consumidores buscando essa alternativa para obter preços mais competitivos e serviços de melhor qualidade.

Esse movimento, impulsionado pela Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia, está ganhando velocidade, especialmente entre as empresas de médio e pequeno porte.

Aceleração da migração para o Mercado Livre

Até 29/02/2024, cerca de 19.046 empresas comunicaram sua intenção de migrar para o mercado livre de energia, conforme dados da Aneel levantados pela Associação Brasileira de Comercialização de Energia. Desse total, a maioria esmagadora, representando 95%, é composta por empresas de menor porte, com uma demanda inferior a 500 kW, beneficiadas pela Portaria 50/2022.

Esse movimento é interpretado pela Abraceel como um sinal claro de que o mercado livre está sendo reconhecido não apenas como uma opção de preços mais baixos, mas também como uma fonte de melhores serviços, inovação, eficiência e sustentabilidade, atendendo às demandas dos consumidores de energia.

Desafios e oportunidades no cenário energético brasileiro

Com a abertura proporcionada pela Portaria 50/2022, o mercado livre de energia se torna acessível a um número significativamente maior de consumidores, especialmente aqueles do Grupo A, composto por empresas que operam em média e alta tensão.

Anteriormente, apenas consumidores com uma demanda superior a 500 kW podiam aderir ao mercado livre, mas agora, sem este limite de demanda, empresas com contas de luz acima de R$ 10 mil também têm essa possibilidade desde que pertencentes ao Grupo A junto às suas distribuidoras (conectadas em redes de média/alta tensão). Apesar desses avanços, é importante ressaltar que consumidores em baixa tensão, como residências e micro e pequenas empresas, ainda não têm autorização para escolher seu fornecedor de energia elétrica.

Ainda assim, esta realidade destaca uma discrepância em relação a outros países, onde o mercado livre de energia já é acessível a todos os consumidores, evidenciando desafios e oportunidades para o cenário energético brasileiro.

Fonte: CanalEnergia

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