O governo federal, sob a liderança do presidente Lula, autorizou um consórcio de bancos a antecipar recursos que seriam pagos pela Eletrobras ao longo de quase 30 anos. Essa medida, anunciada na última quarta-feira (7) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, promete reduzir as contas de luz de 2,5% até 10% com variação a partir de cada estado, em setembro.

Um consórcio formado por bancos, incluindo grandes instituições financeiras como Banco do Brasil, Itaú BBA, Bradesco BBI, BTG e Santander, está destinado a injetar R$ 7,8 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Esse fundo é crucial para subsidiar o setor elétrico, e sua manutenção depende das contribuições dos consumidores.

Os recursos obtidos permitirão o pagamento antecipado de empréstimos contraídos pelas distribuidoras de energia, especialmente durante o período crítico da pandemia e a escassez hídrica que se seguiu. Essas dívidas, inseridas nas tarifas, têm pressionado os preços da energia elétrica.

Com a adição de R$ 4 bilhões já pagos pelos consumidores, a operação totalizará R$ 11,8 bilhões, aliviando assim o peso dos empréstimos nas contas de energia. A nova estrutura de empréstimos, garantida pelos recebíveis da Eletrobras, oferece uma taxa de juros mais baixa, baseada na Selic acrescida de 2,2% ao ano. Isso representa uma economia para o consumidor, se comparado ao modelo anterior, onde a porcentagem de juros chegava a 3%.

Essa iniciativa também prorroga o prazo para a execução de projetos de energia renovável com incentivos fiscais, medida que tem recebido críticas por potencialmente afetar o equilíbrio do mercado de energias limpas.



Fonte: Canal Energia