Estudo

A simplificação do processo de migração de consumidores de alta tensão para o mercado livre é uma preocupação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Com a proximidade da fase final desse processo, prevista para janeiro de 2024, em que mais de 106 mil novos consumidores poderão se tornar elegíveis ao Ambiente de Contratação Livre (ACL), é necessário abordar questões operacionais relevantes.

Abaixo discutiremos os desafios e as perspectivas para essa transição.

Simplificando a medição no mercado livre

A busca pela eficiência global é o objetivo principal da CCEE ao estudar a simplificação do processo de medição para o mercado livre a partir de janeiro de 2024.

Talita Porto, vice-presidente do Conselho de Administração da CCEE, enfatiza a importância de tornar a transição suave para o mercado. A adoção de medidas simplificadas é fundamental nesse processo, mas ainda há pontos a serem equacionados, como a escolha entre medidas convencionais ou eletrônicas bidirecionais, a responsabilidade pela medição, a possibilidade de agregação e a remuneração pelo serviço.

Essas questões operacionais precisam ser tratadas de forma cuidadosa para garantir uma transição eficiente para o mercado livre.

O amadurecimento do mercado livre de energia elétrica no Brasil

O mercado brasileiro demonstra maturidade para a expansão do mercado livre de energia elétrica. No entanto, existem questões conjunturais e estruturais que demandam discussões e soluções.

Especialistas destacam a necessidade de uma gestão mais flexível de portfólios de distribuidoras, a expansão da Geração Distribuída de Pequeno Porte (GDPP) e seu impacto nos preços e no balanço energético das distribuidoras.

Paulo Pedrosa, presidente da Abrace, ressalta que a abertura do mercado deve visar a melhoria da eficiência global e da competitividade do país, não apenas a troca de fornecedores de energia. O diálogo entre todos os setores é fundamental para promover as mudanças necessárias e garantir a alocação correta de custos e a correção de preços.

Fonte: CanalEnergia

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