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05 de dezembro, 2024
LEITURA DE 4MIN
Comércio amplia presença no mercado livre de energia alcançando 39% de consumo
A entrada no mercado livre proporciona economia significativa e potencial para novos empregos e investimentos no Brasil.
Em busca de eficiência e redução de custos, o comércio brasileiro alcançou, em setembro de 2024, 39% de participação no consumo de energia no mercado livre, um avanço em relação aos 35% registrados no mesmo período de 2023. Esse crescimento foi impulsionado pela normativa do Ministério de Minas e Energia, que a partir de janeiro de 2024 permitiu a todos os consumidores de média e alta tensão escolherem livremente seu fornecedor de energia, sem a restrição de demanda mínima de 500 kW, vigente até então.
Essa democratização trouxe maior competitividade, atraindo empresas do comércio e da indústria para o ambiente de contratação livre, onde é possível negociar preços, prazos e condições contratuais diretamente com os fornecedores.
Resultados e oportunidades futuras
Atualmente, o comércio brasileiro possui mais de 6,1 milhões de unidades consumidoras que demandam 8,0 GW médios de energia. Destas, apenas 2 mil unidades comerciais, responsáveis por 647 MW médios, já aderiram ao mercado livre. Outras 77 mil unidades (2,1 GW médios) atendem aos requisitos para migrar, mas cerca de 6 milhões de consumidores comerciais ainda permanecem no mercado regulado.
O potencial de benefícios para o setor comercial é expressivo. De acordo com um estudo da Volt Robotics para a Abraceel, a migração completa para o mercado livre poderia gerar uma economia anual de R$ 13,5 bilhões, além de criar 290 mil empregos em todo o país.
No setor industrial, a adesão ao mercado livre já é mais avançada: 37,4 mil unidades consumidoras industriais, que demandam 22,7 GW médios, já estão no ambiente livre. Outras 44,7 mil (1,6 GW médios) estão aptas a migrar. Ainda assim, 410,7 mil unidades industriais de menor porte, responsáveis por 471 MW médios, permanecem no mercado regulado, representando 83% das indústrias brasileiras. Caso todas migrem, o setor poderia economizar R$ 4,2 bilhões por ano e criar mais de 91 mil empregos.
Impactos regionais e no setor industrial
Os benefícios econômicos e sociais dessa transição são amplos, com destaque para estados como São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que lideram o potencial de geração de empregos e redução de custos.
No total, a abertura mais ampla do mercado elétrico poderia beneficiar 6,4 milhões de consumidores industriais e comerciais, resultando em uma economia anual de R$ 17,8 bilhões. Esse valor economizado tende a ser investido em melhorias operacionais, contratação de pessoal e inovação, impactando positivamente a economia brasileira.
Fonte: Abraceel