O cenário energético brasileiro está passando por mudanças significativas, com previsões de aumento nas tarifas de energia elétrica. De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), espera-se um aumento médio de 5,8% na conta de energia este ano.

No entanto, o impacto desses reajustes nas distribuidoras tem gerado preocupações, especialmente quando se considera o impacto sobre a inflação.

Aumento nas tarifas de energia

As projeções indicam que o aumento médio na conta de energia elétrica ficará em torno de 5,8% este ano, de acordo com o CBIE. Contudo, vale destacar que em algumas concessionárias de distribuição, o aumento foi ainda mais expressivo.

Até a primeira quinzena de agosto, o reajuste médio chegou a 5,50%. No entanto, o índice que chama atenção é o medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que considera a inflação. Nesse índice, o aumento médio chegou a 7,73%, com um impacto de 0,39% na alta dos preços, segundo dados do CBIE.

A relevância desse aumento nas tarifas de energia elétrica é que ele afeta diretamente a inflação. Para cada 1% de reajuste acima dos 7,73% registrados, há um acréscimo de 0,05% na pressão inflacionária. Diante desse cenário, o Ministério de Minas e Energia está buscando soluções para mitigar o impacto nas tarifas pagas pelos consumidores finais.

Medidas para aliviar o impacto

Uma das soluções em análise é a possibilidade de oferecer créditos de impostos diretamente aos consumidores. Essa medida segue a linha das ações adotadas em 2022, quando mais de R$ 13 bilhões foram devolvidos aos consumidores por meio de créditos tributários, resultando em uma diminuição de até R$ 0,045 por quilowatt-hora (kWh) nas tarifas.

Além disso, outras ações, como a redução na tarifa de repasse de potência para a Usina de Itaipu e o aporte de R$ 575 milhões da Eletrobras na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2023, também fazem parte do conjunto de medidas para conter o aumento.

Para o ano de 2024, a CBIE está estudando a possibilidade de antecipar os repasses da Eletrobras para a CDE, bem como cobrir parcialmente esse encargo social por meio do orçamento da União. Além disso, a revisão do acordo com a Usina de Itaipu após a posse do novo governo no Paraguai é outra frente que está sendo considerada para controlar os custos e, consequentemente, as tarifas de energia elétrica.

Fonte: Estadão

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