Contratos de longo prazo ganham força no Mercado Livre de Energia

Crescimento e vantagens

O volume de contratos de longa duração aumentou 33% nos últimos anos. Em 2018, por exemplo, apenas 2.574 MW médios foram negociados em contratos superiores a dez anos. Esse crescimento demonstra que os consumidores estão aproveitando a oportunidade de garantir estabilidade nos preços da energia.

Ainda assim, os contratos mais curtos continuam dominando o mercado. Em maio de 2024, 55% dos contratos tinham prazos de até quatro anos. A escolha entre prazos curtos ou longos depende da estratégia adotada por cada empresa, variando conforme suas expectativas de preços futuros no mercado.

Estratégia e segurança para o futuro

Optar por contratos de longa duração pode ser uma forma eficiente de garantir preços mais competitivos e evitar surpresas com aumentos. No entanto, também pode significar a perda de chances de renegociar condições mais favoráveis no futuro. Por isso, é essencial que as empresas analisem bem seu perfil de consumo e suas expectativas para os próximos anos antes de se comprometer com prazos.

Consumidores com experiência no mercado livre podem preferir contratos mais curtos, acreditando em uma queda futura nos preços da energia. Já aqueles que buscam mais segurança em tempos de incerteza podem optar por prazos mais longos, assegurando estabilidade.

Abertura do mercado: um fator decisivo

A expansão do mercado livre, que ocorre desde janeiro de 2024, contribuiu para o aumento na contratação de prazos longos. Anteriormente, apenas empresas com consumo superior a 500 quilowatts (kW) podiam participar. Essa nova realidade trouxe ao mercado uma série de consumidores com menos experiência, que veem nos contratos de longo prazo uma forma de se protegerem das flutuações.

Cada consumidor precisa avaliar sua estratégia cuidadosamente para garantir que está fazendo a melhor escolha possível, considerando as oportunidades e os riscos do mercado.

Fonte: Infomoney