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30 de novembro, 2023
LEITURA DE 5MIN
El Niño e energia no Brasil: previsões climáticas sinalizam desafios e oportunidades
A influência do El Niño no setor energético brasileiro traz perspectivas de aumento no despacho térmico e volatilidade nos preços, destacando oportunidades para empresas com portfólio térmico e desafios para as já comprometidas.
O cenário climático brasileiro está prestes a passar por mudanças significativas nos próximos meses, impactando diretamente o setor de energia. O fenômeno El Niño, combinado com a estação de chuvas e a chegada do verão, promete influenciar a matriz energética e os preços de liquidação das diferenças (PLD).
Com base em estudos da Columbia University, o Itaú BBA elaborou um relatório que antecipa os possíveis desdobramentos dessas condições climáticas no mercado energético brasileiro.
El Niño e seus impactos previstos
O estudo aponta que existe uma probabilidade superior a 55% de um El Niño forte entre janeiro e março de 2024, com uma considerável chance de que o fenômeno seja historicamente forte entre novembro e janeiro. Esta previsão implica em um cenário de poucas chuvas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto o Sul pode enfrentar índices acima da média histórica de precipitação.
Além disso, espera-se um aumento nas temperaturas, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Embora ondas de calor extraordinárias não sejam previstas, a demanda por energia deve atingir níveis mais elevados do que o normal durante o verão.
Impactos no setor de energia
Com menos chuvas nas hidrelétricas do Norte, importantes para a oferta nos primeiros meses do ano, a geração de energia hidrelétrica pode ser afetada. Isso implica em um aumento no despacho térmico e maior volatilidade nos preços de energia, principalmente no mercado spot. As térmicas devem ser acionadas, especialmente durante a tarde, coincidindo com o aumento da demanda e a redução na geração solar.
Fonte: MegaWhat
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