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29 de agosto, 2023
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Enfrentando a intermitência: Estratégias para estabilidade na geração de energia eólica e solar
Como o setor elétrico brasileiro está lidando com os desafios da intermitência das energias eólica e solar, buscando inovações para garantir um fornecimento de energia estável e confiável
O crescente protagonismo das energias eólica e solar na matriz energética brasileira até 2029 traz consigo um desafio significativo: a intermitência dessas fontes. O Operador Nacional do Sistema (ONS) está empenhado em enfrentar essa nova realidade por meio de estratégias e inovações para assegurar um fornecimento estável de energia elétrica.
Gerenciando a intermitência das energias renováveis: desafios e preocupações
O caráter intermitente das fontes de energia eólica e solar, que lideram os novos projetos de geração até 2029 no Brasil, coloca em destaque a necessidade de lidar com a variabilidade de geração. O diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, enfatiza que essa realidade não pode ser controlada de forma simples, uma vez que depende das leis da natureza e não possui um botão de liga e desliga.
Esse cenário difere das preocupações enfrentadas no passado, como quando na ocasião do racionamento de energia, que demandavam o incremento de usinas térmicas e a ampliação das redes de transmissão.
Estratégias para estabilizar o fornecimento de energia
Para enfrentar o desafio da intermitência das fontes renováveis, o ONS busca respostas ágeis para a variação horária ou infra-horária da produção e consumo. Especialistas propõem soluções como o uso de baterias para armazenamento de energia excedente e sua liberação em momentos de queda na geração.
Além disso, discussões envolvendo equipamentos como "compensadores síncronos" e "statcom" estão em pauta, visando mitigar a intermitência e garantir a estabilidade da rede de transmissão. Essas abordagens estão sendo acompanhadas pelos órgãos de planejamento e podem vir a ser requisitos nas futuras contratações dessas fontes.
O futuro da estabilidade energética no Brasil
O diretor-geral do ONS aponta que o resultado do relatório sobre as causas do apagão do dia 15 de agosto pode trazer informações relevantes para a adoção de equipamentos de estabilização. A Abrate, representante das transmissoras de energia, defende a mudança na legislação para permitir a contratação de sistemas de armazenamento em leilões de expansão da rede básica, como forma de enfrentar a intermitência.
A discussão sobre a contribuição das hidrelétricas para a rede de transmissão também é abordada, ressaltando a importância da "reserva operativa" e "inércia" dessas usinas.
Fonte: Valor Econômico
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