Notícias do Setor
18 de maio, 2022
LEITURA DE 5MIN
Mercado livre assume protagonismo em geração de energia no Brasil
Mercado livre já é responsável por 83% da expansão da geração de energia elétrica no Brasil até 2026
O Mercado Livre de Energia, ambiente de contratação onde fornecedores e consumidores negociam livremente, tem liderado a expansão da matriz de geração de energia elétrica no Brasil. Nos últimos três anos, sua parcela nessa expansão tem crescido expressivamente.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), em 2019 o ambiente de contratação livre respondia por 34% de toda a expansão do parque gerador prevista para ser entregue em cinco anos. Já em 2019, o valor subiu para 72% e agora, em 2022, a parcela chegou a 83%.
O recente estudo feito pela Abraceel confirma uma tendência observada logo no início da pandemia da covid-19, onde o mercado livre começou a protagonizar a expansão da oferta de energia. Até então, o papel cabia ao mercado regulado, ambiente em que o consumidor não tem a livre escolha pelo fornecedor de energia.
Previsto para entrar em operação até 2026, estão em fase de construção 45 Gigawatts (GW) de energia elétrica centralizada. Desse total, 83% estão sendo viabilizados pelo mercado livre, representando mais de R$ 150 bilhões de investimento nos próximos 5 anos, sendo 76% destinadosexclusivamente ao ACL.
Foco nas fontes renováveis
Entre as fontes de energia, os maiores destaques são da geração solar e da eólica, com a fatia de 82% dos projetos. Nesse contexto, 97% da capacidade das usinas centralizadas fotovoltaicas em construção é destinada ao mercado livre. No caso das usinas eólicas, 86%.
O mercado livre também tem sido responsável por viabilizar 68% da oferta de geração elétrica a biomassa e 61% da de pequenas centrais hidrelétricas (PCH, até 30 MW) e centrais geradoras hidrelétricas (CGH, até 5 MW) com previsão de entrar em operação até 2026.
Protagonismo das comercializadoras
Segundo dados exclusivos do BNDES, do total dos projetos eólicos e solares financiados pelo banco de desenvolvimento entre 2018 e 2021, 49% foram suportados por comercializadoras.
Isso comprova o novo panorama do setor elétrico do país, com a expansão acontecendo independente dos leilões regulados.
Fonte: Abraceel
Não deixe de acompanhar nosso blog e fique por dentro das novidades do mercado de energia!
Leia também: Suprimento de energia elétrica no país é a melhor dos últimos anos