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O mercado livre de energia elétrica atingiu um novo marco em 2024, com um número recorde de consumidores migrando para esse modelo de contratação. Entre janeiro e maio, quase 9.000 clientes de distribuidoras de energia optaram por negociar diretamente com fornecedores de sua escolha. 

Este número representa um aumento de aproximadamente 21% em comparação com as 7.397 migrações registradas em 2023, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Nos primeiros cinco meses de 2024, a CCEE registrou a adesão de 8.936 novos consumidores ao mercado livre. Pequenas e médias empresas, incluindo padarias, supermercados, farmácias e escritórios, são os principais perfis que enxergaram neste ambiente uma oportunidade para aumentar a eficiência operacional.

Migrações por região

Os estados das regiões Sul e Sudeste lideram o número de migrações. Em maio, São Paulo registrou 626 novas adesões, seguido pelo Rio Grande do Sul com 218 e Rio de Janeiro com 169. Outras regiões do país, como o Nordeste, Norte e Centro-Oeste, também apresentaram aumentos expressivos nos pedidos de migração. 

Com essa expansão, o mercado livre agora responde por aproximadamente 37% do consumo total de energia elétrica no Brasil, e essa porcentagem tende a crescer. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que cerca de 23.700 consumidores já notificaram distribuidoras sobre a intenção de migrar para o mercado livre ao longo de 2024.

Novas regras e benefícios

O aumento significativo nas migrações se deve à abertura do mercado implementada em 1º de janeiro de 2024. Anteriormente, apenas grandes indústrias com consumo acima de 500 kW podiam optar pelo mercado livre, desde 1996. A nova regulamentação, entretanto, estendeu essa possibilidade a todos os consumidores do grupo A, conectados à alta tensão, beneficiando assim pequenas e médias empresas com alto consumo de energia.

A migração para o mercado livre oferece potencial de economia de até 35% nos contratos de compra de energia. A abertura do mercado proporciona aos consumidores a liberdade de escolher seus fornecedores, aumentando a competitividade e permitindo acesso a opções mais adequadas ao perfil de consumo de cada empresa. Além disso, a flexibilidade nos prazos de fornecimento, volume negociado e modelos de contrato são grandes atrativos.

Simplificação e sustentabilidade

Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE, destacou que a entidade está liderando uma força-tarefa para garantir que as migrações ocorram de maneira contínua, gradual e sustentável. A CCEE tem investido na simplificação dos processos, tecnologia e revisão de regras para tornar o mercado livre mais acessível. 

O governo também planeja expandir a abertura do mercado livre para consumidores de baixa tensão, permitindo que negócios menores e até consumidores residenciais possam escolher seus fornecedores de energia, embora ainda não haja um prazo definido para essa implementação.

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Fonte: Poder360