Tarifa de energia subiu 70% em oito anos, percentual acima da inflação

Aumento das Tarifas Residenciais

De acordo com o levantamento da Abraceel, entre 2015 e 2022 houve uma elevação de 70% na tarifa residencial de energia elétrica. Esse aumento é superior à inflação medida pelo IPCA no mesmo período, que foi de 58%. Isso significa que os consumidores residenciais estão pagando cada vez mais pela energia elétrica.

Comparação com o Mercado Livre

Além do aumento das tarifas residenciais, o levantamento também mostrou que o preço da energia no mercado livre subiu apenas 9% nesse intervalo. A regulação do setor ainda não admite participação de consumidores conectados em baixa tensão no mercado livre de energia (grupo onde incluem se consumidores residenciais), mas isso indica que os consumidores residenciais tiveram um custo com energia elétrica razoavelmente superior do que teriam pago no mercado livre.

O mercado livre é um ambiente onde  consumidores podem negociar diretamente com as geradoras e comercializadoras de energia elétrica. Isso permite que eles tenham acesso a preços mais competitivos do que os praticados pelas distribuidoras no mercado cativo. A partir de janeiro de 2024, qualquer consumidor, desde que conectado em alta tensão junto a distribuidora, já é elegível a optar pela sua migração ao mercado livre de energia.

Desafios para o Setor Elétrico

Os dados apresentados pela Abraceel mostram que o aumento das tarifas residenciais de energia elétrica tem sido significativo nos últimos anos. Isso representa um desafio para os consumidores e para o setor elétrico como um todo.

Para enfrentar esse desafio, são necessárias medidas que possam reduzir os custos para a geração e distribuição de energia elétrica, principalmente relacionadas à redução de subsídios setoriais que hoje representam um grande impacto na composição tarifária . Além disso, é importante incentivar a expansão do mercado livre para permitir que mais consumidores tenham acesso a preços mais competitivos